A Osteopatia, uma prática terapêutica que abraça o princípio de que o corpo é uma unidade interdependente, tem raízes profundas que remontam ao século XIX. Desenvolvida pelo médico americano Andrew Taylor Still, a Osteopatia foi concebida como uma abordagem inovadora para tratar uma variedade de condições de saúde.
A sua essência reside na compreensão do corpo como uma entidade única, onde estrutura e função estão intimamente ligadas. A crença fundamental de Still era que o organismo tinha uma capacidade inata de se auto-regular e de promover a sua própria cura. Ao colocar o foco na manipulação musculoesquelética e em outras técnicas manuais, Still procurava alcançar o equilíbrio e a harmonia do corpo.
A osteopatia foi introduzida em Inglaterra por John Martin Littlejohn, em 1917. Littlejohn era um médico escocês que estudou com Still nos Estados Unidos e que estabeleceu a British School of Osteopathy em Londres, que se tornou na primeira escola de osteopatia na Europa. Desde então, a prática da profissão expandiu-se por vários países europeus.
O Reino Unido desempenhou um papel significativo no desenvolvimento e na disseminação da osteopatia, nomeadamente em Portugal, cujo processo evolutivo ocorreu de forma gradual ao longo do século XX e que culminou em 2016 com a criação das primeiras licenciaturas no nosso país.
A profissão continua a evoluir do ponto de vista da investigação científica, com a publicação de artigos nas maiores revistas e jornais internacionais mas no seu coração reside a compreensão que cada indivíduo é único e que cada tratamento deve ser adaptado a cada pessoa.